Blogs Portugal

quinta-feira, 12 de abril de 2018

Sobre o soninho do Kiko

Já vos tinha contado que o Kikinho quando era bebé, durante o dia, só dormia ao colo. Ao meu, ao do pai, ao da avó. Era qualquer um, desde que fosse ao colo. Se me importava? Não. Se fui criticada? Muito. Ouvi muitas vezes dizerem-me que o estava a habituar mal, que os bebés tinham de aprender a dormir sozinhos, que era só manhas, que tinha de o deixar chorar. Enfim, uma série de barbaridades. 

Não me arrependo nem um bocadinho de ter dado colo infinito ao meu filho. Já dei, ainda dou e vou dar até sempre, até ele querer, até me apetecer. 

Confesso que no inicio me sentia mal. Nunca tinha sido mãe e por isso tudo era novidade para mim. Preocupava-me um bocadinho e por isso comecei a ler artigos sobre o assunto e, no meio de tantos textos, encontrei o livro da Constança Cordeiro Ferreira "os bebés também querem dormir". Comprei o livro e devorei-o em dois dias. Fiquei fã, apeteceu-me ir conhecer a Constança e agradecer-lhe. Dar-lhe um abraço. Senti-me tão aliviada, afinal não estava a fazer nada de errado. O colo era preciso, os bebés precisam muito dele e por isso podia ficar descansada. Decidi não ligar mais às más linguas e seguir simplesmente o meu instinto. 

Alguns meses depois, há relativamente pouco tempo, comecei a sentir muitas dificuldades em adormecer o Kiko quer ao colo, quer na cama. Todas as minhas técnicas usadas até ao momento não estavam a resultar. Demorava horas a adormecê-lo, ele só queria brincar, saltar em cima de cama e voltei a sentir-me desesperada. Estava a fazer alguma coisa mal. Eis se não quando a Constança Cordeiro Ferreira volta a aparecer na minha vida. Vi que ia fazer um workshop sobre o sono dos bebés e claro que me inscrevi LOGO!

Fiz o Workshop e fiquei ainda mais fã da Constança. Ela tem o dom de desmistificar alguns mitos, acredita em coisas que pouca gente acredita e defende os seus ideais baseada nos estudos que faz.
Saí de lá a saber que não estou a fazer nada de mal, simplesmente devia tentar outras abordagens e de facto resultou. O Kiko já não quer adormecer ao colo, já só quer a caminha dele e acho que aprendi que o importante é mesmo descomplicar. Não ficar agarrada a ideias pré-feitas e às ideias do que é "normal". Nada pode ser considerado normal ou anormal. Os bebés são diferentes, os pais são diferentes e por isso basta seguir a nossa intuição. 






Bia. 

sexta-feira, 6 de abril de 2018

Coisas boas de ser mummy

Descobri qual é a coisa mais fofa desta vida!! E se calhar quem tem filhos já descobriu isto há séculos mas eu só aprendi agora :) 

O Kiko está a crescer a um ritmo inacreditável, todos os dias tem uma piada nova, faz qualquer coisa que não fazia no dia anterior e é a mini pessoa mais fofa deste mundo. 
Há uns dias decidiu que já não queria colo para adormecer e em menos de nada, deitei-o na cama e voilá! Adormeceu sozinho (espantem-se suas más línguas que diziam que eu o estava a habituar mal). Que crescido, quem diria que aquele pirralho que só dormia ao colo iria algum dia adormecer sozinho. 

Nessa noite, acordou a chorar (os dentes estavam todos a rebentar, um horror!) e eu levei-o para a minha cama. Ainda chorou um bocadinho mas deitei-o ao meu lado, entre mim e o pai, e aquela coisa fofa começou a aninhar-se a mim até que encostou a cara dele à minha e ficou-se. Reparei que estava a dormir em cima da minha almofada e foi tão bom!! Partilhar a almofada com aquele pimpolho, a dormir que nem um anjinho e a dar-me mimo. Pensei: não há nem pode haver nada mais querido e fofo e cutxi cutxi e tudo e tudo do que partilhar a almofada com o nosso baby. 

É simplesmente amoroso.  


Bia. 

quarta-feira, 21 de março de 2018

Olá! Sou a tua mãe...

Desde que comecei a trabalhar a tempo inteiro que tenho a sensação que passo para aí 2 horas por dia com o meu bebecas. E essas 2 horas não são só nossas, é o tempo que preciso para me vestir de manhã, preparar tudo e à noite fazer o jantar, tomar e dar-lhe banho. Parece-me que tempo só mesmo nosso, de brincadeira, deve ser para aí 30 minutos.
É triste, é uma realidade dura, difícil de aceitar mas não há grandes opções, infelizmente. É uma frustração.

Ultimamente, quando vou buscar o Kiko a casa da avó ele raramente vem a correr para o meu colo. Prefere ficar com a avó porque na verdade é com ela que passa a maior parte do dia. Fico triste, custa-me horrores e a pensar porque é que ainda vou trabalhar, a minha prioridade devia ser aquele bebé e não o trabalho. Que nervos! 

Sei que ele está bem e obviamente que tenho de trabalhar, ele vai crescer e também vai querer ter amigos, ir a festas de anos, sair à noite, ter namoradas (nem quero pensar nisso,  meu rico filho) e lá vou eu ficar de parte. É normal, mas vai custar-me HORRORES!!

Mas isto de estar mais de 10h seguidas longe do meu Kiko faz-me querer relembrá-lo todos os dias que sou A Mãe dele. 




Bia. 

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

Parabéns meu amor!

Ontem o meu Kikinho fez um ano. Há um ano que nasceu a pessoa mais importante da minha vida. Foi um dia tão tranquilo e tão intenso ao mesmo tempo. Não estava preparada para ter um filho naquele dia, nada estava planeado e no dia antes tudo fazia prever que o grande dia ainda estava longe. 

Foi com surpresa e muita ansiedade que recebi a notícia de que provavelmente já não iria à próxima consulta, agendada para dali a uma semana. Esta rapidez toda fez com que me mantivesse super calma e com uma expectativa gigante do que seria o parto, o nascimento, as dores. O parto foi num instante, tive dores durante apenas 15 minutos e o Kiko nasceu num ápice. Essa calma manteve-se nos meses seguintes, sabia que não stressar era o primeiro passo para as coisas correrem bem. Nem sempre foi fácil porque toda a gente mas mesmo TODA a gente tem uma opinião, toda a gente testa os nossos limites. Nada está bem, no tempo delas não era assim, todas eram as melhores mães do mundo e nunca ninguém cometeu um erro, fizeram sempre tudo bem, parabéns para elas. Eu prefiro ir aprendendo com os meus erros, ir vendo o que resulta melhor. 

O meu Kiko, sem saber, ensinou-me muita coisa. Ensinou-me essencialmente a gostar, a amar, a rebentar de tanto amor. 
Esse amor não nasceu logo, confesso. A primeira noite foi estranha. Não sabia o que fazer mas, sem prensar muito, as coisas foram surgindo naturalmente. É o tal instinto que não sabemos que existe mas que aparece assim, do nada. 

Muita coisa mudou neste ano. Já não sei o que é dormir no sofá, ver um filme até ao fim, ir jantar fora ao fim de semana, estar com os amigos a meio da semana. Não sei o que é chegar a casa e não ter nada para fazer. Mas sei

Parabéns meu amor, um ano de ti, um ano de mim, um ano de nós. Muita coisa mudou desde que nasceste mas acredita que sou muito mais feliz contigo. 



Bia.


terça-feira, 30 de janeiro de 2018

A um dia do 1º ano

Hoje é o meu último dia de horário reduzido. O meu Kiko faz um ano amanhã e por isso acabou-se a vida boa. Volta tudo ao normal no trabalho, às rotinas antes do Kiko mas agora COM o Kiko. Há toda uma série de coisas novas na fazer, o banho do baby, as sopinhas, o nosso jantar, a preparação do dia seguinte, a roupa, a casa... Enfim!
Que tristeza tão grande. Vou passar mais duas horas por dia no trabalho, menos duas horas por dia sem o meu Kikinho e menos duas horas para tratar das coisas da casa.

Ai a vida é tão difícil... Já antes de ser mãe sentia alguma falta de apoio cá em Lisboa porque a realidade é que não tenho cá a minha família. Sinto falta de alguém que me apareça em casa e me pergunte se preciso que passem a roupa ferro, que faça o jantar sem eu estar a contar e que fique com o Kiko de vez em quando ao fim de semana para eu poder espairecer, ir às compras, ao cabeleireiro, ao SPA, sei lá, jantar fora como homem... 

Não é fácil toda esta ginástica e organização quando somos apenas dois. Quando há suporte familiar é tão mais fácil. Muitas vezes sinto que não me sobra tempo para nada, que tenho sempre coisas para fazer. É roupa para lavar, para passar a ferro, a loiça para pôr e tirar da máquina, a casa para aspirar, o pó para limpar, o jantar para fazer... blá! As tarefas são infinitas! 
E amanhã aquele pirralho já faz um ano. Como tempo passou rápido! Há um ano estava na consulta a pensar que ainda faltava um mês para o baby nascer mas não, aquele rapaz é um acelerado e quis vir antes. :) 



Bia. 

terça-feira, 23 de janeiro de 2018

E quando a saudade aperta?

Todos os dias, a toda a hora penso no meu Kikinho. Ele está bem, eu sei. Está com a avó por isso está seguro e sei que ele adora ficar com ela. São muito cúmplices, brincam muito e ele mal vê a avó começa logo aos berros, histérico de felicidade. 

O meu problema são as saudades. Tenho saudades dele o dia todo. Só quero voltar para casa e abraçar aquele miúdo, apertar-lhe as bochechas e enchê-lo de beijos. Sei que todas as mães devem sentir o mesmo mas o meu filhocas é mesmo especial. Sinto que a cada dia que passa gosto ainda mais dele, sinto que vou rebentar de tanto amor que tenho por aquele miúdo. 

Ah e como o tempo passa rápido... Falta uma semana para fazer um ano. Como é possível? Foi mesmo o melhor ano da minha vida. Mudou muita coisa, talvez tudo, mas sou tão mais feliz agora. Aquela criança tem o dom de mudar o meu dia, de me fazer esquecer tudo o que acontece de menos bom, todos os stresses do trabalho... enfim! É só olhar para aqueles olhinhos, para o sorrisão e tudo passa. 



Bia.

quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

Não me cansem a beleza PARTE 22577854

Se há coisa que ser mãe me ensinou foi a ter mais paciência, a não desesperar e a "sorrir e acenar". Não dar demasiada (ou nenhuma) importância a opiniões alheias e acreditar que eu é que sei o que está mais certo para o meu bebecas.

Há uns dias encontrei uma pessoa amiga enquanto estava a almoçar num restaurante com o homem e com o Kiko. Cumprimentámos-nos e essa tal pessoa ficou muito admirada com o crescimento do Kiko "Ah, está tão grande!! A última vez que o vi ainda era tão bebezinho! Está mesmo giro. Agora já estão prontos para o segundo!".

Não percebi. E não percebo esta pressão constante do "e o próximo"? Tens um, deves ter dois, tens três, deves ter quatro. Tens uma menina? Então tens de ter um menino. Tens um menino? Então falta-te a menina. Que camadão de nervos logo para começar a conversa.


Mas calma, esta conversa não ficou por aqui. A pessoa que eu encontrei ainda perguntou, enquanto o Kiko estava a almoçar, se ele já comia sozinho. E eu respondi: "não, ainda não". Resposta: "ainda não? Ah mas a filha da prima da sobrinha da minha amiga começou a comer sozinha aos oito meses!!" Parabéns! Parabéns para ela, que bom. É mesmo um génio em crescimento. E o que é que eu tenho a ver com isso, mesmo? Nada. Por isso só respondi: "a sério? Que giro!". O que é que uma pessoa responde a isto? Digam-me!! A minha paciência já estava quase no limite mas engoli em seco e sorri sabiamente. 

De repente sai-se com esta: "Então e o Francisco já dorme sozinho a noite toda?" Sim, já faz tudo sozinho. Aliás, ele ainda não tem 1 ano mas já é totalmente independente. Até já sai à noite vê lá tu... Respirei e respondi apenas "dorme uns dias melhores que outros." Pensei que a coisa ia ficar por ali, mas nããããõoooo..... Ainda acaba da seguinte forma: "Opa uma amiga minha tem uma bebé e habituou-a a adormecer sozinha. A miúda com 3 meses já adormecia sozinha e dormia a noite toda. Agora, tem quase um ano e regrediu. Já só adormece ao colo e não fica na cama sozinha". 

AHAHAHAH que engraçado. HABITUOU a bebé? HABITUOU? Só faltava dizer-me que obrigou a bebé a "dobrar o choro" e a deixou chorar 3 dias e 3 noites para conseguir por a  criança a dormir aquelas horas todas. 

Opa poupem-me. Não tenho paciência para isto muito menos de pessoas que não têm filhos. 


Bia.