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quarta-feira, 16 de março de 2016

A dor da perda

O dia que eu mais temi nos últimos anos chegou. E chegou de uma forma tão repentina, tão drástica e tão mas tão triste. Não houve tempo para nada, não houve tempo para dizer adeus, para um abraço ou para um beijo. Só houve tempo para chorar, para gritar e para sentir a dor mais profunda do mundo. Pensamos que só acontece aos outros, que toda a gente é eterna e não lhes damos o devido valor ou a devida atenção. Não que isso tivesse acontecido com o meu querido avô mas sinto que tudo o que lhe demos não foi suficiente. Sente-se uma revolta tão grande, uma dor tão profunda que as palavras não são suficientes. A única coisa que me acalma um bocadinho é o facto de saber que o meu avô era uma pessoa feliz, sentia um grande orgulho nas filhas e nos netos. Gostava de estar com a família e toda a família gostava dele. Esteve sempre acompanhado e ensinou-nos que a família é a nossa base, por isso somos tão unidos.  
Mas enfim, a vida é isto, uma merda. Dá-nos tudo num momento e noutro manda-nos para o chão para ver se temos força para nos levantarmos sozinhos. Não acreditava muito nestas coisas mas sinto a presença do meu avô. No dia em que recebi a notícia senti-me muito mal, o meu coração disparou e até senti que ia desmaiar. Há algum tempo que tenho arritmias mas nunca me tinha sentido assim durante tanto tempo. Uma sensação terrível, não conseguia respirar o coração batia a uma velocidade brutal. Não liguei na altura mas até comentei com as minhas colegas do trabalho que não estava bem. Mas tarde soube que o meu avô tinha morrido exactamente à hora que tive aquele "ataque". Foi coincidência? Talvez tenha sido mas eu acredito que foi o meu avô a querer despedir-se de mim. 
Têm sido momentos muito difíceis mas acredito que ele está a olhar por nós e a partir de agora vou estar muito mais protegida. 



Bia. 


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