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segunda-feira, 7 de março de 2016

Em que fase estamos?

Há um ano atrás estava a viver a pior fase da minha vida. Já vos tinha dito que gostava de eliminar grande parte de 2015, não já? Há um ano caiu o mundo nas minhas costas, senti uma angustia tão mas tão grande que dificilmente conseguirei algum dia descrevê-a por palavras. Nunca me senti tão sufocada e tão sozinha em toda a minha vida, senti-me completamente impotente perante um problema que, aparentemente, não tinha solução ou se tinha estava demasiado longínqua. Tudo aconteceu entre Março e Maio. A pessoa que tinha (e tenho felizmente) ao meu lado, o meu porto seguro, a pessoa que mais segurança e mais me força me dava (e continua a dar), estava completamente destruída, infeliz e sem qualquer força para reagir. 
E eu não sabia o que fazer, perdi-me completamente do sentido da vida.  Naquele momento ele não perdeu só aquilo que damos como adquirido (o cabelo) mas perdeu muito mais. Perdeu a força, perdeu o sentido de humor, perdeu o gosto por estar com os amigos, perdeu parte da auto-estima. E eu fui atrás dele, em silêncio, fui atrás desta onda negativa e também me perdi. Senti revolta, medo, tristeza, solidão mas quando chegava a casa tinha de me transformar, tinha de encontrar as minhas ultimas forças e dar-lhas. Estão aqui, esta tudo bem comigo e por isso toma, são para ti. Todos os dias tinha de ir buscá-las ao esconderijo secreto e oferecer o pouco que tinha.  Foram meses de luta, de desgaste, de preocupação constante. 
Como se não bastasse, um mês depois um pequeno incidente num jogo de futebol tira-lhe a mobilidade e obriga-o a ir à faca. Consequentemente, mais uns meses de angústia, o casamento a aproximar-se e o medo do incerto apoderava-se de mim. Tudo isto enquanto se prepara um casamento e a família a uns meros 200 kms, não foi fácil. 
Um ano depois deste turbilhão todo, já está tudo bem mais calmo. O pé já está bom, o homem já voltou ao relvados (parece que é um jogador profissional) e o cabelo está a dar sinais de si. Ainda estamos muito, muito longe do fim da guerra mas vamos andando devagar. 
Como as coisas nunca acontecem por acaso, isto fez-nos ficar ainda mais unidos e sinto que a relação que tinha com toda a minha família ficou ainda mais forte. 
Acho que a imagem abaixo diz tudo, o importante é sermos felizes! :)

Bia. 

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