Blogs Portugal

segunda-feira, 19 de junho de 2017

O primeiro dia do resto das nossas vidas

A primeira noite na maternidade foi um misto de pânico com a melhor sensação do mundo. De repente já tudo tinha passado e estava ali, sozinha, com o meu bebé. Não sabia muito bem o que fazer, só queria olhar para ele, tocar-lhe, ver como era perfeitinho. 

Aquelas horas passaram a voar e eu, ainda cheia de dores, sem grande posição na cama porque tinha o incómodo dos pontos, não sabia como cuidar daquele bebé. Tão frágil, tão angelical e tão, tão querido. As enfermeiras apareciam de hora a hora para ver como estávamos e picar o bebé para ver como estava o índice da glicémia. 

Escusado será dizer que não dormi rigorosamente nada. Acordava sempre que um bebé chorava (basicamente de 5 em 5 minutos) a pensar que era o meu mas ele não chorou a noite toda. Decidi, a meio da noite, lá para as 4h da manhã levá-lo para a minha cama a ver se conseguia dormir alguma coisa mas nada resultou. O barulho de fundo da maternidade e os outros bebés a chorarem fizeram com que conseguisse fechar os olhos para aí uma hora. Pensei que na manhã seguinte ia sofrer com dores de cabeça, cansaço mas não, parecia que tinha dormido a noite inteira. 
Foram umas horas estranhas mas tão boas ao mesmo tempo... Estive ali com o meu bebé, agarradinha a ele, a sentir o seu cheiro, a sua pele (ainda muito fininha) e quis que aquele momento durasse para sempre. Senti que estava a protegê-lo, não sei bem do quê, mas tive esse sentimento. Na manhã seguinte, um reboliço logo às 7h. Pequeno-almoço, pesagem dos bebés, visita dos pediatras, exames às mamãs, mudança dos lençóis... Todo um movimento que para quem tinha dormido 1h parecia uma revolução.

A noite tinha sido longa e apesar de o meu bebé não ter chorado uma única vez, sabia que ele tinha de mamar mais ou menos de 2 em 2 horas mas ele ainda mal conseguia abrir os olhos quanto mais mamar. Foram momentos difíceis e de alguma frustração porque ele não pegava na mama. As enfermeiras foram umas queridas,uns amores que não me deixaram desistir e sempre que tinha de dar de mamar chamava por elas e lá vinha alguém ajudar-me. Lembro-me da enfermeira Vitória ter estado quase 1h comigo e com o bebé até ele conseguir pegar na mama e finalmente mamar qualquer coisa. Teve tanta, mas tanta paciência. Sei que se não fosse ela e as restantes enfermeiras provavelmente teria desistido de amamentar. É muito frustrante não saber se o bebé se está a alimentar ou se mama o suficiente, só sabemos na altura da pesagem e isso não é reconfortante na altura de amamentar (tenho de vos falar mais à frente sobre este tema). 
Nos dias em que estive internada senti uma grande ansiedade porque sabia que o bebé não podia perder muito peso (já tinha nascido bem pequenino, com 2,075 kg) caso contrário teríamos ficar internados mais uns dias. 

A segunda noite foi um pouco mais tranquila, consegui dormir mais umas horitas (para aí umas 3h) e descansei um bocadinho mais. Durante o dia tinha recebido algumas visitas e nessa altura fui tomar banho e tratar de mim (não era capaz de deixar o bebé sozinho muito tempo). Foram momentos tão intensos, a minha família foi de Coimbra a Lisboa nesse dia para estar comigo e com o bebé menos de 1h. Queria que ficassem mais tempo comigo e com ele, especialmente para me irem dando instruções: podes mudar a fralda, agora se calhar precisa de mamar, tapa mais o bebé porque está frio... Enfim, os primeiros dias são sempre mais difíceis porque de facto os bebés não trazem manual de instruções o que nos complica bastante a vida. 

No segundo dia, de manhã, o bebé foi visto novamente por uma pediatra e tivemos logo alta. Fiquei tão contente! Só queria ir para casa, dormir na minha cama, poder descansar e fazer as coisas ao meu ritmo. E assim, passados dois dias fui para casa com o meu bebé e com uma série de consultas já agendadas para ir verificando o peso e o estado do bebé. Como nasceu prematuro e com baixo peso era importante ser vigiado nos primeiros dias. 

Foram momento inesquecíveis, muito marcantes mas também de muita preocupação e cuidado. 




Bia.

quarta-feira, 14 de junho de 2017

O dia em que nasceu a estrelinha

No dia 31 de Janeiro acordei à hora do costume, 9h30. Dormi a noite toda e nem acordei para ir à casa de banho como era hábito desde que engravidei. Não tinha dores, apenas uma contração ligeira na barriga mas nada de muito diferente do dia anterior.Tomei o pequeno almoço calmamente e a meio da manhã comecei a sentir contrações mais fortes e menos espaçadas.Comecei a contar o tempo de cada contração e a duração de cada uma. Continuava sem dores mas por precaução, a seguir ao almoço fui à maternidade.

Cheguei às urgências por volta das 15h e fui logo logo atendida. Na triagem, apanhei uma enfermeira não muito simpática que achou que tinha ido ali só porque sim. Perguntou-me como quem não quer a coisa: "está a chover lá fora?", eu respondi que sim e que estava imenso frio. Ela pergunta: "então o que está aqui a fazer?". Apeteceu-me responder-lhe: "olhe, sinceramente não tinha nada mais interessante para fazer em casa e então decidi vir aqui passar a tarde consigo" mas fui bem educada e expliquei-lhe que estava com contrações, com dores, blablabla. Esta enfermeira engoliu tudo o que disse e a forma como falou inicialmente comigo quando viu no CTG que já estava com contrações gigantes e com um intervalo muito curto entre elas. Disse logo que tinha feito muito bem em ir à maternidade e encaminhou-me de imediato para um gabinete médico. 

Entrei no gabinete e fui atendida por um médico muito novinho e muito simpático. Viu o CTG e fez o toque. 3 dedos de dilatação. Disse para eu ir caminhar durante sensivelmente duas horas e quando voltasse para pedir para falar com ele, nem tinha de passar pela triagem novamente. Lá fui eu, gravidíssima andar pelo Saldanha com uma chuva torrencial e um frio de rachar. 
Às 17h30 regressei à maternidade mas o médico que me tinha visto anteriormente estava a fazer um parto e por isso tive de esperar. Esperei na sala de espera até quase às 19h. Pelos vistos estavam muitos bebés a nascer e todos os médicos estavam ocupados.

Por esta altura já sentia algumas dores mas nada que não se aguentasse. Voltei a ser chamada para ser observada e desta vez fui vista por uma médica super querida que viu o meu último CTG e que me disse que eu era uma heroína por estar tão calma tendo em conta as minhas contrações. Não me deixou sair mais dali e disse para eu me preparar porque o bebé iria nascer em breve. Que emoção, senti que estava a chegar o momento mas ao mesmo tempo estava tão calma, tão zen... Parecia que tinha saído do meu corpo e que estava a ver as coisas acontecerem de outra perspectiva. 

Levaram-me para uma sala para vestir a bata do hospital e preparar-me para o grande momento, não sabia se ia sofrer minutos, horas ou dias, era uma questão  de "sorte". A enfermeira que me levou para essa sala era uma querida. Deixou-me completamente à vontade e disse que se eu quisesse tomar um banho para relaxar que poderia fazê-lo, disse para descontrair e que iria ter comigo dali a pouco tempo. Tomei um banho (curtinho porque não conseguia estar muito tempo em pé), vesti a bata (era linda por sinal -NOT) e chamei a enfermeira. Lá me levaram para a sala de partos e ali fiquei. Ligada ao CTG e à espera que algo acontecesse. Estava com o meu homem que ia vendo as contrações e que me ia dizendo o que via no ecrã. Nisto iam entrando enfermeiras, auxiliares que me iam perguntando se estava tudo bem e se queria levar epidural. Disse sempre que não (BURRAAAA) porque sinceramente não tinha grandes dores e pensei que era forte o suficiente para aguentar. A enfermeira que me ia vendo disse que ainda estava atrasado mas que estava tudo a correr normalmente.
A ultima vez que olhei para o relógio do ecrã do CTG eram 22h00 e pensei " o bebé já só vai nascer em Fevereiro, que bom. Vai nascer no mesmo mês que eu".... 
De repente, do nada, sem qualquer aviso sinto uma dor como nunca tinha sentido na vida.
Meninas que vão ser mamãs por favor não leiam mais,obrigada. 

Era uma dor agonizante, uma dor que nunca tinha sentido na vida e que não passava por nada. Não sabia o que era, porque é que estava a sentir aquilo. Pensei que era o saco das águas que tinha rebentado, pensei que algo estava a correr mal e comecei a chamar por alguém. Só queria que me dessem a epidural rapidamente para acabar com aquele sofrimento. Lá vem a enfermeira a correr e ficou em choque quando viu que o bebé ia nascer. Só dizia "mas como é que é possível?? Ainda há 5 minutos estive aqui e ainda estava tão atrasado! Como é que é possível?". 
Entretanto chega a enfermeira parteira, Enfermeira Raquel, nunca me vou esquecer desta senhora, apesar de já não me lembrar da cara dela. Entrou no quarto, com uma voz super zen, explicou-me o que estava a acontecer e disse que o bebé ia nascer. Disse que como o bebé era muito pequeno tinha de me levar para o bloco operatório onde estaria uma equipa maior caso fosse necessária alguma intervenção urgente. BLOCO?? Disse BLOCO? Entrei em pânico ao pensar que podia ter de fazer uma cesariana mas não tive forças para perguntar, simplesmente deixei-me ir. Quando estava a entrar no bloco não deixaram o meu homem entrar, não tinha havido tempo para o preparar e fiquei ali, sozinha, aos berros, com uma dor aguda infinita. 
Passados 5 minutos o meu bebé estava cá fora. Levaram-no logo para observação e o relógio marcava 22h36, afinal ainda nasceu em Janeiro. Depois de o ouvir chorar trouxeram-no até mim. Um bebé minúsculo, muito inchado, ainda muito sujo mas era a coisa mais querida deste mundo. E não, não senti aquela coisa que dizem que é super emocionante, que choram, que sentem mil emoções... Não, senti apenas alivio por já não sentir dores e senti que queria não ver ninguém. Senti que aquele bebé era meu e não queria que mais ninguém lhe tocasse. Estranho talvez, mas só passado alguns dias é que senti o "clique" e me apaixonei profundamente por aquele bebé, pelo meu filho. 

Foi um parto muito fácil, devo dizer. Tive dores fortes no máximo 15 minutos e tudo correu lindamente. Nessa noite senti medo, estava na maternidade, num quarto com mais 7 mães e 7 bebés e eu estava sozinha sem saber muito bem se o bebé tinha fome, frio, calor, se tinha a fralda suja. Senti que estava sozinha mas o instinto é uma coisa que não se explica e eu naturalmente soube o que tinha de fazer.

Essa será para mim e para sempre a noite mais marcante de toda a minha vida. 



Bia.

quarta-feira, 7 de junho de 2017

O dia antes do DIA

E chegou o dia da consulta das 36 semanas, era dia 30 de Janeiro e o relógio marcava 15h30. Tal como tinha sido combinado com a querida Drª Natacha Oliveira na consulta das 34, teria de fazer o CTG para ver se já tinha contrações e se estava tudo bem com o bebé. 

O CTG (Cardiotocografia) permite avaliar os batimentos cardíacos do bebé bem como avaliar de forma contínua se o oxigénio de que ele dispõe é suficiente e este não se encontra em sofrimento. Trata-se de uma monitorização externa onde são colocadas umas bandas / fitas na barriga da grávida, devendo esta estar em repouso. A cada mudança de posição quer da mãe, quer do bebé, as fitas devem ser reposicionados de forma a avaliar os batimentos cardíacos fetais. Também é colocado um aparelho que avalia as contrações uterinas e que traduz se estas estão ou não a prejudicar a oxigenação do bebé.


Lá fui eu fazer o CTG antes da consulta e sinceramente não tinha qualquer dor. Sentia alguma pressão, se é que se pode chamar assim, mas nada de especial. Sentia a barriga dura, sim, mas isso já sentia há alguns dias, achava que seria normal. 
Quando terminei o CTG fui então ter com a Drª Natacha para a consulta mas informaram-me que iria ser vista por outra médica porque a minha Doutora estava numa consulta de emergência mas que iria ter comigo logo que possível. 
Tudo bem, a médica que me viu e fez a ecografia também era bastante simpática. Não me perguntem o nome porque sinceramente não me lembro mas atentem bem nesta médica porque virá a ser muito importante mais à frente. 
Terminada a ecografia lá chegou a Drª Natacha para continuar a consulta. Esteve a ver o CTG e reparou que já tinha algumas contrações mas o registo estava "quebrado", ou seja, a máquina por alguma razão não registou nada durante alguns minutos e por isso não havia qualquer informação. De qualquer forma, foi-me dito que provavelmente na semana seguinte teriam de provocar o parto pois o bebé já estava completamente formado e seria conveniente engordar cá fora, pois dentro da barriga não estava a receber os nutrientes suficientes (como já vou contei anteriormente). Tudo bem, já estava preparada e sabia que a minha gravidez não iria para além das 38 semanas, por isso aceitei a noticia de bom grado. 

Estava tudo bem e segundo a minha querida médica nada faria prever que o bebé quisesse vir cá para fora antes das 37 semanas, no entanto achou melhor fazer o exame do toque, que serve basicamente para saber quantos dedos de dilatação a grávida já está. E... SURPRISE SURPRISE  já estava com 3 dedos de dilatação, ou seja, já tinha iniciado o trabalho de parto. A Drª Natacha ficou mega contente e disse que provavelmente o bebé iria nascer no dia seguinte. 
Uma vez que CTG tinha algumas falhas de informação sugeriu que eu fosse às Urgências para repetir o exame. (Foi a ultima vez que estive com a Drª Natacha. Gostava de um dia voltar a vê-la para lhe agradecer pessoalmente toda a sua dedicação e preocupação.)

Já nas Urgências, quando estava a fazer o CTG veio um médico ver como estava tudo e perguntou:
- Você está bem?
E eu, sem perceber muito bem a pergunta respondi:
- Sim, mas porque é que pergunta?
- Porque já está com contrações de 2 em 2 minutos. 
Não sabia o que significava mas pareceu-me algo sério. 
- Quando terminar eu venho aqui novamente e vai ser vista pela Drª. - disse ele. 

Terminou o CTG, tiraram-me as fitas e encaminharam-me para um gabinete onde estava, imaginem, a médica que me tinha feito a ecografia há algumas horas e que vos falei atrás. Ela riu-se e verificou o CTG. Disse que já estava com muitas contrações e fez novamente o toque. 3 dedos, mantinha-se a mesma dilatação. 
- Prepare-se porque o bebé vai nascer em breve. Faça assim, vá a casa, tome um banho de água quente e se sentir algum desconforto volte imediatamente. Tenho um feeling que ainda a vou ver mais uma vez hoje. Vou estar nas Urgências esta noite por isso qualquer coisa que precise peça para falar comigo. 
Concordei, achei piada ao seu feeling e despedi-me. Quando estava a sair do gabinete a médica brincou com um "até logo!". 

Fui então para casa, tomei o tal banho e nada. Nada de dores, nada de desconfortos... Fui dormir.  





Bia. 


segunda-feira, 5 de junho de 2017

Curso de Preparação para a Vida

Para mim, o Curso de Preparação para o Parto devia ser obrigatório. É incrível a quantidade de coisas que não sabemos sobre o parto, a amamentação, as noites, os dias, a forma como devemos lidar com o bebé... 

Sabemos que de um momento para o outro a nossa vida vai mudar completamente mas estaremos de facto preparadas para isso? Acho sinceramente que não. Um bebé muda TUDO! Deixamos de ser as pessoas organizadas e metódicas que éramos para concentrarmos toda a nossa atenção no novo e pequeno Ser. Se deixamos a cama por fazer ou temos a cozinha por arrumar não importa tendo em conta que aquele bebé precisa muito mais de nós do que os lençóis da cama. 

Tendo em conta tudo isto e sendo eu, confesso, uma medricas de hospitais, agulhas e cateteres toda eu tremia ao pensar que para o bebé nascer eu teria, sem dúvida, de sofrer. Não fazia ideia o que eram contrações, como funcionava uma maternidade, quando tinha chegado a hora H, que havia técnicas de amamentação, enfim! Era tudo uma novidade e confesso que o meu maior medo era que o bebé estivesse para nascer e eu não percebesse os sinais (estupidez, não é?). 

Assim, decidi frequentar um Curso de Preparação para o Parto no Centro que já vos falei anteriormente e que simplesmente ADOREI (ainda hoje o meu bebe é seguido lá)!! 

No curso, foram abordados vários assuntos nomeadamente da gravidez (nutrição, sinais de alarme, sinais do inicio de trabalho de parto); das várias fases do trabalho de parto (contrações, rompimento da bolsa amniótica, período expulsivo...); do puerpério (cuidados no pós parto, recuperação física e emocional); dos cuidados ao bebé - Adorei!! - (técnicas de banho - treinámos com nenucos - cuidados com o coto umbilical, cólicas, sono, choro, etc)e  da amamentação - muito importante este capítulo e vou falar-vos mais à frente melhor sobre este tema - (fisiologia do aleitamento, técnicas de amamentação, gestão das dificuldades na amamentação). 

O mais interessante deste curso é que houve um grande equilíbrio entre a parte teórica e a prática. Ajudou-me bastante a relativizar alguns dos meus maiores medos e a "deixar cair" muitos mitos e ideias pré-feitas que me tinham transmitido ao longo da vida. Foi muito importante porque no dia do parto já estava mais relaxada e sabia exatamente por que fases iria passar. Obviamente que há muita coisa em teoria que não se aplica na prática a todas as mulheres (por exemplo a mim, as técnicas de respiração não foram nada eficientes na altura de maior dor das contrações mas certamente ajudarão outras mulheres). 

Por isso meninas, se estão à espera de bebé, não hesitem em frequentar um destes cursos, com certeza que valerá muito a pena. 





Bia. 

sexta-feira, 2 de junho de 2017

Mala da maternidade

Agora que o grande dia estava a chegar tinha MESMO de começar a organizar a mala que ia levar para a maternidade. Não tinha grande ideia do que era mesmo necessário mas fui perguntando a algumas amigas minhas, à minha mãe e fui organizando algumas coisas. Comecei por organizar as roupinhas do bebe mas foi um pânico porque basicamente não tinha roupa quase nenhuma... Deixei tudo para a ultima literalmente. Comecei a stressar e achei melhor esperar pela próxima consulta e perguntar à Enfermeira o que era mesmo essencial, assim focava-me apenas no indispensável. 
Assim, na consulta das 32 semanas pedi à querida Enfermeira Leonor a lista de "material" para levar quando o grande dia chegasse. A lista estava dividida em itens para o bebe e para a mãe. 

Comecemos então pela lista do bebe:

- três ou quatro mudas de roupa (bodys, calcinhas e babygrows - de preferência tudo com abertura à frente);
- fraldas para 2, 3 dias;
- uma ou duas fraldas de pano;
- uma lima (fiquei confusa quando vi mas depois fez sentido);
- uma mantinha de algodão;
- um gorro;
- um ou dois pares de botinhas de lã;
- artigos de higiene (shampo, gel de banho, creme hidratante)

Para levar todas estas coisas comprei a mala da Mustela (podem ver abaixo), que já trazia uma serie de produtos para o bebe e que têm um cheirinho ótimo (mesmo cheirinho a bebe)! 

Para a mãe:
- 3 ou 4 camisas de dormir ou pijamas com abertura à frente;
- cuecas descartáveis;
- pensos higiénicos de tamanho grande;
- produtos de higiene;
- chinelos (uns de quarto e outros de plastico);
- secador de cabelo;
- sutien de amamentação;
- discos absorventes. 

Fui preparando tudo com calma e duas semanas depois tinha as malas feitas (uma para mim e outra para o baby).

Digo-vos já que não usei metade das coisas que levei, também porque estive muito pouco tempo na maternidade mas aconselho, especialmente a quem tem os bebes nas maternidades publicas, a não levarem tudo de uma vez. Eu teria sido muito mais inteligente se tivesse levado apenas o essencial para o primeiro dia e depois, nas visitas , levavam-me o resto das coisas, porque não tinha quase espaço para guardar tudo ao pé de mim. 

O que é que eu acho que dá mesmo muito jeito e é muito confortável para as mamãs que tenham um parto normal? Cuecas descartáveis ou aquelas para a incontinência urinária (Tena Lady) porque as fraldas que nos põe a seguir ao parto são simplesmente medonhas e hiper mega desconfortáveis. 

Querem saber o que eu não usei?
O secador de cabelo (havia um na casa de banho e não precisei de usar o meu); as camisas de dormir todas ( só usei uma) e os discos absorventes.

No caso das coisas que levei para o bebe também não usei tudo, só usei duas mudas de roupa, uma fralda de pano e não usei praticamente das minhas fraldas descartáveis porque na maternidade dão um kit com imensas coisas: fraldas, toalhitas, amostras de produtos de higiene, soro fisiológico.. ah e dão também às mamãs uns chinelos descartáveis e pensos higiénicos dos grandes. Não sei se acontece isto em todas as maternidades mas na MAC dão estas coisinhas todas a todas as mães. Outra coisa que não usei foram os produtos de higiene do banho do bebe porque como só estive um dia e meio internada ele acabou por não tomar banho na maternidade.

Mas vá meninas, nada de stress, de certeza que vai correr tudo bem. 

Bia.