Blogs Portugal

domingo, 30 de abril de 2017

Agora sim já acredito

Depois de ter ultrapassado com sucesso a primeira etapa, fui novamente à consulta com a Dra Patrícia di Martino à CUF Alvalade para mostrar os exames e a ecografia. 
Nessa altura já estaria grávida de 15 semanas e andava super enjoada. Ao contrário da maioria das grávidas, o maior período de enjoos para mim era a partir da hora do almoço. Raramente conseguia lanchar ou jantar e só de pensar em comida dava-me uma coisinha má. 

Claro que, no dia da consulta, quando a enfermeira me pesou, levei logo um sermão, tinha emagrecido 1.5 Kg no espaço de um mês. Também fiquei um bocadinho assustada, confesso, mas a Dra desvalorizou e disse que não havia problema. Além disso, como andava com muitos enjoos era normal ter perdido algum peso. 
Ora, eu que já sou magra por natureza, perder nem que sejam 100 gramas já faz muita diferença. Só para terem uma ideia, quando engravidei pesava 47.5 Kg e naquela altura pesava 46.1 Kg. Não se notava a barriga e ainda vestia toda a minha roupa "normal". 

Na consulta, a Dra Patrícia esteve a explicar os resultados das análises bioquimicas com mais pormenor e confirmou então que estava tudo a correr lindamente. Íamos passar aos exames do 2º trimestre: mais análises ao sangue (pânicoooo!!) e entre as 20 e as 22 semanas e 6 dias realizar a ecografia morfológica. Tinham-me dito que era nesta ecografia que se viam os dedinhos do bebe e que já se conseguiam distinguir algumas formas. Claro que a ecografia não serve só para isso, este exame permite confirmar alguns dados da 1ª ecografia e destina-se sobretudo à identificação de malformações fetais no caso de elas existirem. Os objetivos principais deste exame são, entre outros, analisar a anatomia do coração e dos órgãos internos, medir o perímetro cefálico e o cumprimento das pernas e dos braços, determinar o sexo do bebe (ou confirmar caso já se tenha detetado na primeira ecografia), avaliar o estado da placenta e do cordão umbilical, medição do colo do útero etc. 

Saí da consulta super feliz e a rezar para que tudo se mantivesse assim. O próximo passo era então esperar pelas 22 semanas para ir fazer a tal ecografia que, segundo muitos, seria a mais importante durante a gravidez.

Ou seja, com esta "pressão" de saber que esta ecografia era mesmo muito importante, tinha de ir fazê-la com um super médico, com alguém que percebesse mesmo do assunto e não deixasse passar nada em branco. Falei com as minhas colegas do trabalho, com amigas minhas e cada uma me dizia um médico diferente. Estava mesmo confusa e sem saber muito bem com quem marcar. Até que uma colega minha do trabalho, que tinha tido uma bebe há pouco tempo, recomendou-me o Dr. Álvaro Cohen. Ela tinha tido uma gravidez bastante complicada e foi o Dr. Álvaro que a seguiu. Disse-me que ele não era muito simpático mas era talvez o melhor ecografista do país, que tinha sido ele a detectar o problema dela, etc. Confesso que na altura  não fiquei convencida à primeira (agora agradeço todos os dias ao Senhor por este médico ter aparecido na minha vida) mas após algumas pesquisas na net lá decidi marcar a ecografia com o tal Doutor. 

Estava muito ansiosa para que o dia chegasse mas toda a gente me tranquilizava e dizia que estava tudo bem, para não me preocupar e eu simplesmente acreditei. 
Nessa altura comecei a sentir os primeiros pontapés e foi tão bom!! É indescritível a sensação, é sentirmos que a relação mãe-bebe já existe e cresce a cada dia que passa. É um amor que se torna cada vez maior, mais forte e indestrutível. 


Bia. 

quinta-feira, 27 de abril de 2017

Voltei / Sou Vegetariana??


Voltei!!

Tanta coisa mudou neste ano em que estive mais afastada das redes sociais.. E como quero começar com um BANG! vou falar-vos hoje de algo que mudou a minha vida. Virei vegetariana!

Estava eu em Erasmus, numa daquelas noites em que não se sai à noite, e pus me a vaguear pela internet. Uma coisa levou à outra e pronto, lá estava eu a ver o meu primeiro documentário sobre vegetarianismo/veganismo. No final desse comecei outro, e assim sucessivamente. Comecei a ler artigos, a seguir youtubers veganas e cada vez fiquei mais motivada e entusiasmada.

Engane-se quem pensa que opto por este regime alimentar só porque "tenho pena dos animais", como muitos dizem. Não é só pelos maus tratos aos animais, mas também. Não vou generalizar, mas em muitos casos, na indústria produtora de carne a laticínios, os animais são criados em condições completamente desumanas e tratados como "lixo", cheios de doenças e malformações. Em muitas situações estes animais não chegam sequer a ver a luz do dia , e não vivem nem metade da sua esperança média de vida!

Outra das razões é porque me preocupo com o meio ambiente. Florestas são destruídas, milhões de litros de água gastos, etc, só para a manutenção e criação destas indústrias. Já para não falar da pesca, em que usam as redes de arrastão capturando juntamente com os peixes, várias espécies (muitas delas em vias de extinção) como tartarugas, golfinhos, baleias, etc, que depois são atiradas para o mar já mortos.

E por fim, pela minha experiência. Sinto-me muito mais leve e saudável comendo da maneira que como. E depois há aqueles que dizem: comida vegetariana é aborrecida. Nãããão. Pelo contrário, é super criativa e deliciosa. 

Mas bem, há tanta coisa para dizer que é impossível faze lo num só post!

ATENÇÃO: Não estou a dizer que toda a gente devia deixar de comer carne, peixe e seus derivados (até porque isso não é um cenário realista). Porém, se toda a gente reduzisse o seu consumo, fariam uma grande diferença para o planeta, reduzindo a libertação de gases causadores do efeito de estufa, poluição e a utilização de recursos como a água, combustíveis fósseis, etc.. . Eu própria, em certas ocasiões, como peixe.  E sei que mesmo assim, e porque sigo uma dieta quase 100% vegetariana, já contribuo com alguma coisa para um planeta mais saudável. Não nos esqueçamos que o Planeta Terra é de todos :)

Para quem está interessado em saber mais, neste site estão algumas perguntas mais frequentes que fazem sobre o assunto e as respetivas respostas: http://www.avp.org.pt/perguntas-e-respostas.html


Beijinhos,
Inês

Olha a publicidade grátis #3

Quando soube que estava grávida, um dos meus maiores medos era de ficar com estrias. Já tinha visto algumas mulheres na praia com estrias em TODO o lado  a visão não tinha sido bonita. Sim, na barriga toda, nas pernas, nas costas e isso assustava-me bastante.

Confesso que nunca fui muito certinha com os cremes mas sabia que agora tinha de ser muito mais disciplinada. Muita gente me dizia que, mesmo usando cremes, as estrias podiam aparecer e que não havia nada a fazer, outras diziam que tinha de começar logo a usar e que tinha de ser mesmo muito rigorosa. Tive medo, muito medo e soube que agora um pequeno descuido podia significar toda uma transformação do meu corpo (mais uma!). Como não sabia muito bem que cremes escolher pedi ajuda a uma amiga minha que já tinha tido dois filhos e tinha (e tem) um corpo brutal, sem estrias, sem celulite, enfim... sorte na vida e nos genes. Ela quase que me obrigou a comprar toda a gama da Mustela mas eu só comprei dois: o óleo anti estrias e o reafirmante para o peito.  Sei que a Mustela tem uma gama enorme de produtos específicos para grávidas e acredito que sejam todos ótimos. Se quiserem podem pesquisar mais no site. Só tive um pequeno problema, nem todas as farmácias têm esta gama e demorei algum tempo a encontrar mas acabei por comprar na Well´s que tinha sempre o que eu procurava.


Quanto à minha disciplina e rigor, até funcionou e surpreendi-me a mim própria. O óleo usei TODOS os dias, sem falhas, já o reafirmante usava quando me lembrava (também não se pode ser boa em tudo, certo?).

Resultado: adorei!! O cheirinho é incrível e surprise surprise não tenho nem uma estria! Nada. Zero. Nem uma pequenina. Para quem estiver grávida aconselho vivamente! 

Se foi do óleo? Não sei, não faço ideia. Mas a verdade é que resultou. Resultou tão bem que agora só uso Mustela no meu baby, mas isso falarei mais à frente.


Objetivo zero estrias concluído com sucesso! 


Bia. 

quarta-feira, 26 de abril de 2017

Deu mesmo positivo?

Ah a felicidade de estar grávida... Mas e agora? Estarei mesmo grávida ou o teste deu um falso positivo? Quando é que devo ir ao médico? Onde devo ser seguida? Na maternidade? Na CUF? A médica que me segue é boa o suficiente? Quando é que posso contar a toda a gente? Vou ter muitos enjoos? Será que vou ficar uma baleia? Que exames tenho de fazer?(é que odeio agulhas...)

Stress! Só perguntas, dúvidas, incertezas. Tinha de começar por algum lado e se calhar marcar a consulta para confirmar se estava mesmo grávida não era mal pensado. Na altura, estava a ser seguida pela Drª Patrícia di Martino na CUF Alvalade e não tinha qualquer razão de queixa, por isso marquei uma consulta com ela para umas 3 semanas depois de fazer o teste (por indicação dela). 

Quando cheguei a Drª Patrícia disse logo: "você está com ar de grávida!" Não me perguntem como é que ela soube mas devem ser muitos anos a "virar frangos" e já deve topar o pessoal a milhas. 
A consulta correu bem, fiz a ecografia endovaginal para ver se estava tudo ok e tudo no sítio. Já estava grávida de 7 semanas e aparentemente estava tudo certinho. Fiz mil e quinhentas perguntas e saí de lá com uma série de exames para fazer: análises ao sangue, ecografias e as análises bioquímicas. Este exame - analises bioquímicas -  deverá ser realizado entre as 9 as 13 semanas e 6 dias de gestação e consiste apenas na colheita do sangue materno. Contudo, o seu resultado deverá ser complementado com a informação da ecografia. Neste rastreio, é analisada a medida da translucência da nuca (medida varia de acordo com o comprimento crânio-caudal do feto) e, caso os valores estejam acima dos de referência, pode significar que existe risco de o feto ser portador de anomalias cromossómicas. Nestes casos haverá outro tipo de exames complementares mais completos como por exemplo a amniocentese ou a biopsioa das vilosidades coriónicas. Estes testes são mais evasivos e têm associado um risco de aborto (de 0,5 a 1% no caso da amniocentese). O rastreio bioquimico é classificado em "Alto Risco" e "Baixo Risco". 

Não queria já pensar no pior e na altura certa lá fui eu à CUF mais uma vez fazer a primeira ecografia a sério. Foi um horror marcar este exame porque estávamos em AGOSTO e em Agosto não há médicos, vão todos de férias ao mesmo tempo. Mesmo depois de ter conseguido "um furinho" numa das terríveis agendas, ligaram-me 3 vezes a alterar o dia. Enfim, um stress mas lá fui eu e o homem ver o nosso bebe pela primeira vez. 
A primeira ecografia é super emocionante, não se percebe grande coisa do que se vê no ecrã mas dá para ouvir o coraçãozinho a bater. É tão fofo!! É aí que se percebe que temos mesmo uma vida a crescer dentro de nós, que grande responsabilidade! Nesse dia apaixonei-me por um feto, por um ser que não conhecia e que nunca tinha visto. Emocionei-me e soube que a partir dali o meu coração pertencia aquele bebe. 

O médico, Dr. Raul Varela já agora, foi-nos explicando tudo o que estávamos a ver e disse que estava tudo bem. Era um bebe com grande vitalidade, os valores estavam todos dentro do normal e alguns dias depois iríamos receber o resultado do exame. Perguntamos se dava para saber se era menino ou menina mas infelizmente o baby estava numa posição difícil e saímos sem saber se era boy ou girl! Eu estava confiançuda na menina mas depois o destino trocou-me as voltas.  

Mais tarde, quando recebemos os resultados vimos que estava tudo bem, baixo risco para Trissomia 21 (1:13573) e para as Trissomias 13 e 18 (1:8098). Respiramos de alivio e eu continuei a fazer a vida normal, a trabalhar, ir ao ginásio e comer como sempre. Estávamos tão mas tão felizes! O nosso baby vinha finalmente a caminho. 






Bia. 


segunda-feira, 24 de abril de 2017

Deu positivo!!!

Descobri que estava grávida em Junho de 2016 e após alguns meses de frustração, recebi a melhor noticia da vida. 

Não sei se sempre quis ser mãe, acho que houve uma altura na minha vida em que isso não era o mais importante e pensei até que se calhar a maternidade não era algo assim tão maravilhoso. Mas, depois do casamento, as coisas mudaram um bocadinho e o meu relógio biológico começou a tocar mais alto. Percebi que sim, queria muito ser mãe. Nesse sentido, "estipulei" que devia ser mãe antes dos 30 anos, pus isso na cabeça e queria a todo o custo que isso acontecesse. Mas como na vida nem tudo é cor de rosa, por indicações médicas do homem, não pudemos pensar nisso logo após o casamento e houve ali um período que não podíamos nem sequer tentar, correndo o risco de um aborto espontâneo ou de alguma mal-formação genética. O homem, como sabem, teve uma doença auto-imune e andava altamente medicado. Para que os químicos saíssem totalmente do organismo, deveria fazer o "desmame" e só após 6 meses de deixar "a droga" poderíamos começar a tentar engravidar. E foi isso que fizemos. Confesso que me custou e esses 6 meses pareceram uma eternidade. Of course, que pessimista como sou, comecei logo a pensar que não ia engravidar logo, que já ia ser mãe super tarde, que se calhar mesmo esperando os 6 meses algo podia correr mal, enfim... A minha sorte é que tenho uma estrelinha lá no alto a olhar por mim e ao fim de dois meses descobri que vinha um bebe a caminho. 

Quando decidi fazer o teste não tinha qualquer ideia de que estaria grávida ou não. A minha médica tinha-me dito que quando se deixa de tomar a pílula, a menstruação pode ficar totalmente desregulada. Mas  bem, como o período estava atrasado quase uma semana decidi ir à farmácia comprar o teste. Pedi à senhora para me dar o melhor e de preferência um que desse positivo (LOL). A senhora lá me indicou o Clearblue e disse que como o teste tem um visor digital diz-nos logo de quanto tempo estamos mais ou menos (aconselho este teste vivamente!). 

Pensei então em esperar e fazer o teste só dois dias depois para que o atraso menstrual completasse uma semana certinha mas não resisti. Na manhã seguinte, acordei mais cedo e lá fui eu a correr e a tremer de ansiedade para a casa de banho rezar a todos os santinhos que o teste desse positivo. Eram 6h30 quando, passado nem um minuto, a mensagem no teste dizia "Grávida. 2/3 semanas". OH MY GOD!! Estava a acontecer! 
Não consigo explicar como me senti. Só me apetecia berrar e contar logo a toda a gente, fiquei histérica, não conseguia parar de rir e acordei o homem aos pulos, aos berros, a rir e a chorar ao mesmo tempo. Não queria acreditar que algo tão bom pudesse estar a acontecer depois dos tormentos que tinha passado nos últimos tempos. 

Depois dessa euforia foi tempo de contar à família mais próxima e rezar para que tudo corresse bem e que conseguisse disfarçar, pelo menos naquele dia, a euforia no trabalho. 

Verdade seja dita, com uma noticia destas só apetece gritar ao mundo a felicidade que sentimos mas antes disso tinha uma coisa muito importante a fazer: ir ao médico, confirmar se estava tudo ok e preparar-me para a maior transformação do meu corpo e da minha vida.






Bia. 
  





sexta-feira, 21 de abril de 2017

Voltei!!!

A pedido de várias famílias (vá também não foram assim tantas), decidi regressar ao nosso querido blog (espero que a prima também se sinta inspirada para o fazer). 
Depois de um período de refugio e de dedicação completa ao meu maior amor, decidi retomar a escrita para relatar alguns dos episódios mais marcantes dos últimos tempos. 

Os meus últimos meses foram absolutamente inesquecíveis e passei, talvez, pelos melhores momentos da minha vida. Recebi a maior bênção da vida: fui mãe. Sim, fui mãe de um menino, a coisa mais querida do mundo e que, apesar de alguns contratempos durante a gravidez (que vos contarei mais tarde), foram tempos maravilhosos. Estou a falar no passado mas a verdade é que ainda me sinto em êxtase. A minha vida mudou completamente e o meu coração pertence por completo ao meu bebe. Naturalmente que nem tudo é um mar de rosas e há momentos difíceis, desesperantes e de alguma solidão mas só de olhar para o meu bebe, ver o seu sorriso, percebo que tudo valeu e vale a pena. 

Durante o período em que estive grávida passei por algumas situações de dúvidas, de incertezas, de perder a esperança e nessas alturas pesquisava em todos os sites possíveis e imaginários para ter algum tipo de respostas, que me confortassem ou que me dessem alguma força para não desistir. 

Como sei que há muitas pessoas na mesma situação que eu, decidi partilhar algumas dessas situações porque na realidade, são 9 meses (no meu caso foram 8) de stress, de incertezas, de inseguranças mas no fim, vai correr tudo bem!

Até breve!!



Bia.