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quarta-feira, 26 de abril de 2017

Deu mesmo positivo?

Ah a felicidade de estar grávida... Mas e agora? Estarei mesmo grávida ou o teste deu um falso positivo? Quando é que devo ir ao médico? Onde devo ser seguida? Na maternidade? Na CUF? A médica que me segue é boa o suficiente? Quando é que posso contar a toda a gente? Vou ter muitos enjoos? Será que vou ficar uma baleia? Que exames tenho de fazer?(é que odeio agulhas...)

Stress! Só perguntas, dúvidas, incertezas. Tinha de começar por algum lado e se calhar marcar a consulta para confirmar se estava mesmo grávida não era mal pensado. Na altura, estava a ser seguida pela Drª Patrícia di Martino na CUF Alvalade e não tinha qualquer razão de queixa, por isso marquei uma consulta com ela para umas 3 semanas depois de fazer o teste (por indicação dela). 

Quando cheguei a Drª Patrícia disse logo: "você está com ar de grávida!" Não me perguntem como é que ela soube mas devem ser muitos anos a "virar frangos" e já deve topar o pessoal a milhas. 
A consulta correu bem, fiz a ecografia endovaginal para ver se estava tudo ok e tudo no sítio. Já estava grávida de 7 semanas e aparentemente estava tudo certinho. Fiz mil e quinhentas perguntas e saí de lá com uma série de exames para fazer: análises ao sangue, ecografias e as análises bioquímicas. Este exame - analises bioquímicas -  deverá ser realizado entre as 9 as 13 semanas e 6 dias de gestação e consiste apenas na colheita do sangue materno. Contudo, o seu resultado deverá ser complementado com a informação da ecografia. Neste rastreio, é analisada a medida da translucência da nuca (medida varia de acordo com o comprimento crânio-caudal do feto) e, caso os valores estejam acima dos de referência, pode significar que existe risco de o feto ser portador de anomalias cromossómicas. Nestes casos haverá outro tipo de exames complementares mais completos como por exemplo a amniocentese ou a biopsioa das vilosidades coriónicas. Estes testes são mais evasivos e têm associado um risco de aborto (de 0,5 a 1% no caso da amniocentese). O rastreio bioquimico é classificado em "Alto Risco" e "Baixo Risco". 

Não queria já pensar no pior e na altura certa lá fui eu à CUF mais uma vez fazer a primeira ecografia a sério. Foi um horror marcar este exame porque estávamos em AGOSTO e em Agosto não há médicos, vão todos de férias ao mesmo tempo. Mesmo depois de ter conseguido "um furinho" numa das terríveis agendas, ligaram-me 3 vezes a alterar o dia. Enfim, um stress mas lá fui eu e o homem ver o nosso bebe pela primeira vez. 
A primeira ecografia é super emocionante, não se percebe grande coisa do que se vê no ecrã mas dá para ouvir o coraçãozinho a bater. É tão fofo!! É aí que se percebe que temos mesmo uma vida a crescer dentro de nós, que grande responsabilidade! Nesse dia apaixonei-me por um feto, por um ser que não conhecia e que nunca tinha visto. Emocionei-me e soube que a partir dali o meu coração pertencia aquele bebe. 

O médico, Dr. Raul Varela já agora, foi-nos explicando tudo o que estávamos a ver e disse que estava tudo bem. Era um bebe com grande vitalidade, os valores estavam todos dentro do normal e alguns dias depois iríamos receber o resultado do exame. Perguntamos se dava para saber se era menino ou menina mas infelizmente o baby estava numa posição difícil e saímos sem saber se era boy ou girl! Eu estava confiançuda na menina mas depois o destino trocou-me as voltas.  

Mais tarde, quando recebemos os resultados vimos que estava tudo bem, baixo risco para Trissomia 21 (1:13573) e para as Trissomias 13 e 18 (1:8098). Respiramos de alivio e eu continuei a fazer a vida normal, a trabalhar, ir ao ginásio e comer como sempre. Estávamos tão mas tão felizes! O nosso baby vinha finalmente a caminho. 






Bia. 


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