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segunda-feira, 28 de agosto de 2017

Que tipo de mãe sou eu?

Quando se é mãe algo de muito importante e grandioso transforma o nosso corpo, a nossa visão do mundo, os nossos sentimentos. Ganhamos um espaço infinito para amar aquele ser tão pequeno e que depende totalmente de nós. Ganhamos um novo amor, uma dependência, um "vicio" de querer ser, querer estar, querer dar. Não sei bem como definir esta nova "eu" mas tenho a certeza que fiquei diferente.

O dia 31 de Janeiro mudou a minha vida, o meu mundo, a minha percepção da realidade e todas as minhas prioridades mudaram radicalmente. Estou completamente centrada no meu bebé, só quero que ele esteja bem e que não lhe falte nada (acho que é um sentimento comum a todas as mães).
Durante o período de licença é fácil controlar estas emoções e direccionar toda a nossa atenção e todo o amor num só sentido, mas agora voltei a trabalhar. Voltei para a minha rotina e sinceramente sinto-me mal. Que merda de mãe sou eu? Que merda é esta de deixar os nossos filhos ao cuidado de outra pessoa para podermos trabalhar? Trabalhamos demais. Trabalhamos horas infinitas e quê, estamos 2 horas ao final do dia com o nossos filhos? Como é que me vou sentir quando ele disser a primeira palavra e eu não a ouvir? Quando der o primeiro passo e eu não estiver lá para o segurar? Que merda de vida é esta que nos absorve em trabalho, obrigações, ansiedades, stress… Para quê?

Mas eu sei, eu sei o que me vão dizer… Vão dizer que toda a gente passa por isto e que tem de ser e que é para lhe darmos uma vida melhor, blablabla! Eu sei isso tudo mas provavelmente o mais importante desta vida eu estou a desperdiçar. Estou a desperdiçar os sorrisos, os abraços, as conquistas, as inseguranças. E para porquê? Porque a sociedade assim o exige. Quem faz ou põe sequer a hipótese de fazer diferente é visto de lado, é “maluca” porque deixou de trabalhar para ficar com o filho, é “parva” porque estava efectiva e muito estável no emprego e abdicou disso. Tretas!! É por isso que penso que merda de mães somos nós, que não temos coragem de mudar, de seguir o nosso coração e confiar os nossos filhos a nós próprios. Dói-me o coração cada vez que deixo o meu bebé e tenho de ir trabalhar. O olhar, triste, como que a dizer: “mãe, ainda preciso tanto de ti e tu deixas-me”. E deixo. Deixo mesmo. Deixo porque a sociedade impôs-me a pressão do trabalho, do querer ter mais e melhor, da educação, do carro e da casa mas no fundo tudo se resume a nada porque o mais importante a vida vai-nos tirando.


Gostava de ter coragem para mudar, para ser mãe presente e dedicar todo o tempo do mundo ao meu bebe mas infelizmente não tenho. Tenho medo do incerto, de cair no abismo e não conseguir dar o que todos pensam ser “o melhor”. 



Bia. 

terça-feira, 22 de agosto de 2017

Manel, Pedro ou António?

Ai o drama e a responsabilidade de escolher um nome para um ser que ainda nem nasceu! Parece uma coisa simples mas acreditem, é bem mais difícil do que se possa imaginar. No meu caso, quando engravidei tinha um feeling que ia ter uma menina e toda (mas mesmo toda) a gente me dizia que ia ser menina de certeza. Acreditei nisso e até gostava da ideia de poder vestir um bebé todo aos lacinhos e de cor de rosa máximo. Só pensava que o bebé que vinha a caminho ia ser um piroso, ou uma pirosa, neste caso. Como "sabia" que ia ser uma lady preparei-me apenas para isso, só via nomes de meninas e até já tinha uns quantos "selecionados". Adorava Luísa, Leonor e Teresa por isso quando nascesse ia ter um destes nomes de certeza. Pensei também mas muiiiiito por alto, sem dar grande importância, aos nomes de meninos. Gostava de um ou dois mas nunca decidi nada em relação a nenhum. 

O pior foi quando na ecografia me disseram que ia ter um menino. Oh meu Deus, eu que já estava a imaginar a miúda toda pirosa, às flores, corações e lacinhos, tive de abandonar a ideia de imediato. Comecei logo a imaginar bolas de futebol, coisas todas azuis, carros e afins... Não posso dizer que fiquei desiludida mas gostava de ter uma menina, especialmente porque na família somos quase todas meninas. Enfim, nada de dramático mas tive de me habituar à ideia (hoje em dia não imaginava a coisa sem o meu pilinhas). 

Quando faltava cerca de um mês para o bebe nascer ainda não tínhamos chegado a um consenso sobre o nome da criança, especialmente porque eu e o pai gostávamos de nomes completamente diferentes. Eu adorava Lourenço, Guilherme e Afonso; o pai gostava de Pedro, João, Luís... Nada a ver MESMO! Então decidimos fazer uma lista com 5 nomes e depois víamos quais coincidiam. Conclusão, apenas dois nomes em comum: Afonso e Francisco. 
Confesso que Francisco não era uma das minhas primeiras opções mas depois comecei a gostar. Chama-lhe kikinho, kiko, kikolita e comecei a adorar. Chegámos a acordo (depois de muito ponderar entre Afonso e Francisco) e o baby lá ficou Francisco. Mas este deve ser o ano dos Franciscos porque cada vez que dizia o nome alguém dizia "tenho uma prima que teve um bebé há um mês e também é Francisco", "uma amiga minha está grávida e também vai ter um Francisco". É o nome da moda e talvez com alguma influência do Papa Francisco que é muito fofinho e toda a gente o adora, incluindo eu. 

Espero que um dia mais tarde o meu Francisco não me diga que preferia chamar-se Afonso ou Guilherme.  :) 


Bia.


sexta-feira, 11 de agosto de 2017

Amamentar não é um drama!

Sempre soube que queria amamentar o meu bebé, aliás nunca pensei noutra alternativa e sempre que me perguntavam na Maternidade se eu ia querer amamentar, achava a pergunta um pouco estranha. Não me fazia grande sentido não o fazer e nem era pelos inúmero benefícios que traz quer para o bebé, quer para a mãe (também era, claro) mas achava que amamentar era natural. 

No curso de preparação para o parto sempre nos incentivaram a amamentar e de preferência fazê-lo na primeira hora de vida do bebé, caso isso fosse possível. No meu caso foi e quer eu quer a enfermeira batalhámos bastante para que isso acontecesse. Já vos contei que o meu bebé nasceu um ratinho, com 2,075kg e mal sabia respirar, quanto mais fazer força para se alimentar ou abrir os olhos. A boca era minúscula, a respiração irregular e foi muito difícil fazer a primeira pega. A enfermeira (sinceramente não me recordo o nome mas lembro-me dela todos os dias) esteve quase uma hora comigo e com o bebé para que ele conseguisse mamar nem que fossem uns segundos. Lá conseguimos mas aquelas primeiras horas, primeiros dias, foram bastante difíceis para mim. Foram dias de frustração e de cansaço extremo porque simplesmente aquele ser frágil e minúsculo adormecia mal conseguia pegar na mama. Era uma luta constante para que conseguisse mamar 5 minutos seguidos.

Na Maternidade tive sempre muito, muito apoio. Todas as enfermeiras se mostraram disponíveis para me ajudarem e inclusivamente pediam-me para as chamar quando fosse amamentar. Umas queridas, mesmo! Já soube de histórias de outras maternidades em que nada fizeram para que o bebé mamasse, um horror! Mas nisso fomos uns sortudos!

Os primeiros dias foram passando e ele continuava um ratinho, sem força, só dormia e parecia nem ter fome, tinha de o "obrigar" a mamar. Experimentei todas as posições para a pega ser mais fácil mas nada resultava a 100%, até que, numa das consultas de prematuros na maternidade, a conselheira de amamentação falou comigo e aconselhou-me duas coisas: uma bomba de extracção de leite e um mamilo de silicone. Nessa fase sentia-me frustrada e pensava que não ia conseguir amamentar mas a conselheira de amamentação conversou comigo e disse-me que de facto era difícil mas para nunca desistir. Deu-me o contacto dela e qualquer dúvida, qualquer coisa que precisasse estaria sempre disponível (Enfermeira Isabel, não me vou esquecer). 
Depois dessa conversa, saí da maternidade com outro ânimo e com força e coragem para continuar a insistir e a fazer aquilo que estava a fazer até àquele momento, afinal de contas o bebé estava a recuperar bem o seu peso. O pior foram as pessoas, sim aquelas visitas que só sabem dizer mal e "deitar abaixo". Aquando das visitas a minha casa, ouvi muita gente dizer: "oh se ele tem assim tantas dificuldades para mamar, não vais conseguir amamentar muito tempo", " se calhar o teu leite não é suficiente, é melhor dares-lhe o suplemento", "tenta assim, tenta assado"... E tantas coisas que eu ouvi mas decidi seguir o meu instinto e acreditar que íamos ser capazes e acreditem que valeu muito a pena. Hoje, com 6 meses, o meu pequeno ainda mama, só à noite porque felizmente ou infelizmente já estou a trabalhar, mas sinto muito orgulho neste trabalho de equipa que resultou lindamente. 

Queridas mamãs ou futuras mamãs nunca desistam e não ouçam o "barulho de fundo", ouçam apenas o vosso coração. 




Bia. 

terça-feira, 8 de agosto de 2017

Os bebés são todos maus!

Sou mãe há relativamente pouco tempo mas de uma coisa já tenho a certeza: não há bebés bons. Todos são maus e se não são agora vão ser depois, acreditem. Tudo o que se pode dizer de positivo ou menos positivo há sempre grandes, grandes teorias e sabedoria infinita. Todos têm algo a dizer e esse algo, por norma, é mau. Fiz uma pequena compilação para as futuras mamãs saberem de antemão o que as espera! Good Luck! :)

1) Ele até se porta bem. Oh isso é porque ainda não começou a gatinhar. E quando andar? ESQUECE!! Esquece a tua vida. Quando ele começar a andar ninguém o pára, não vais conseguir ter uma refeição descansada, não vais dormir nunca mais na vida. Esquece mesmo, o teu filho vai-se tornar num verdadeiro diabrinho com pernas.

2) Está a chorar porque deve estar com cólicas. E ainda não apareceram os dentinhos. Oh quando os dentes estiverem a nascer vai ser uma verdadeira tortura (para ti, claro porque para o meu bebé não! Ele chora porque sim, não é por ter dores). E as noites? Ui as noites... Nunca mais vais dormir descansada, ele vai ter imensa febre, vai passar as noites a chorar e com sorte até vai ter otites!! Não te ponhas a pau, não. E atenção! Quanto mais tarde os dentes nascerem pior.

3) Sim, dorme ao colo. Oh meu Deus!! Como dorme ao colo aos 3 meses? Não me digas que também lhe pegas ao colo quando chora. Eu se fosse a ti deixava-o chorar 3 dias e 3 noites seguidos até ele se habituar a dormir sozinho. Continua a andar com ele ao colo, continua. Depois vais ver, ele só vai querer colo e tu não vai conseguir fazer mais nada. Isto hoje em dia é assim, as mães não sabem habituar os filhos de pequenos e depois vêem-se miúdos de 2 anos a chorar porque querem os colos dos pais. Onde é que já se viu?

4) Ainda mama aos 6 meses. Cruzes credo! Um bebé amamentado pela mãe? Onde é que isso já se viu? Com tantos leites artificiais e biberons que brilham no escuro vais sacrificar as tuas mamas para isso? Por favor, isso é uma vergonha. Deixa-te lá disso e vem beber um copo com a malta. Se possível deixa o teu bebé em casa sozinho para poderes divertir-te mais à vontade.

E quem te pediu opinião? Ninguém? Pois, bem me parecia!




Bia.


quinta-feira, 3 de agosto de 2017

Mamã, sê forte

Se há coisa que aprendi enquanto mãe é a ser forte. Tudo muda numa vida, as hormonas são do caraças, as noites transformam-se numa espécie de luta de mortos-vivos e tudo o que fazemos parece demasiado difícil mas ao mesmo tempo demasiado intuitivo. 

O Kiko quando nasceu não sabia mamar (já vos contei mas um dia irei partilhar todas as minha dificuldades e dissabores) e a certa altura tinha de tentar perceber se já tinha mamado tudo, se tinha sido suficiente ou se tinha mamado alguma coisa sequer. Um dia, a minha irmã perguntou-me "mana, como é que sabes que ele já mamou e não quer mais?" e eu respondi "não sei". Não sabemos nada ao certo mas ao mesmo tempo sabemos que aquilo que estamos a fazer à partida é o mais acertado. Aqui o nosso instinto fala por nós, temos forças escondidas que nunca as tínhamos utilizado, temos mais confiança em nós do que pensávamos e conseguimos amar de uma forma tão intensa que dificilmente conseguiremos exprimir por palavras. 

É incrível como instinto funciona bem e por isso é tão irritante quando nos dizem como devemos fazer as coisas. Ok, ajudas boas são muito bem recebidas e obviamente que há truques que ajudam por exemplo a adormecer o bebe, a dar-lhe maminha, a dar banho, etc. mas as "ajudas" más só vêm destabilizar e deitar abaixo todas as nossas seguranças que fomos adquirindo muito lentamente, como se estivéssemos a subir uma montanha e quando estamos a chegar ao topo alguém vem e nos empurra para o inicio. Não é fácil ouvirmos dizer que o nosso bebé é chorão, que devia comer mais, devia comer menos, devia dormir mais horas, devia dormir menos, devia mamar. não devia mamar. NÃO, NÃO, NÃO! A mãe é que sabe. A mãe é A MÃE e não se preocupem muito porque se a mãe estiver a fazer  alguma coisa menos bem ela vai perceber sozinha. O bebé está muito ao colo? Deixem estar, não vos está a pesar nos braços pois não? O bebé está a comer muito? Não faz mal, provavelmente hoje comeu mais, amanhã come um bocadinho menos. Chora muito? Não, não é fome, nem frio nem dorzinhas, a Mãe irá saber consolá-lo nem que seja com o mimo e o colo que tantos rejeitam. Cheguei a ouvir coisas do género: "o quê o teu filho dorme ao colo? Isso é fácil de resolver, deixa-lo chorar três dias e três noites e vais ver que ele começa a dormir sozinho". Nunca mas nunca na minha vida era capaz de deixar o meu bebé chorar dessa forma, nem que me pagassem ou que me prometessem que ia dormir o resto da vida a noite inteira. Nada é milagroso, é apenas um bebé que está a descobrir o mundo "à bruta".

Pessoas em geral, deixem os vossos sábios conselhos para os vossos filhos, netos, enteados, primos, o que quiserem mas deixem-nos em paz. Nós sabemos bem cuidar dos nossos bebés e se dormem muito ao colo, se comem muito, se "cagam" pouco (desculpem a expressão) nós vamos safar-nos. O amor, o carinho, o miminho nunca foram de mais. 

Esta luta já é antiga e antes de ser mãe não tinha esta noção mas a quantidade de palpites que ouvi e ouço todos os dias era tão mas tão desnecessária... 

Futuras mamãs, por favor sigam o vosso coração, não se sigam pelas "sábias" vozes. Se não sentirem o que estão a fazer não o façam e aproveitam cada momento. Se o vosso bebé vos pedir colo só tem de dar. 


Bia.

quarta-feira, 2 de agosto de 2017

Estou viva!!!!

Sobrevivi!! 

Sobrevivi ao meu primeiro dia sem o meu bebecas!! Custou, custou tudo. Acordar, acordá-lo, ter de me vestir à pressa, preparar tudo o que havia para levar: as sopinhas dele, iogurtes, uma roupa mais quente, um casaco, uma roupa mais fresca, os brinquedos (girafa Sophia, um peluchinho querido, um bonequinho para roer), uma fralda, o chapéu. Para mim: a minha mala, telemóvel, carteira, chaves do carro, chaves de casa, cartão para entrar na empresa, os óculos de sol, o passe, um iogurte, uma fruta, qualquer coisa para comer ao almoço. Acho que mesmo assim não me esqueci de nada. 

Tudo correu bem, não apanhámos trânsito e o Kikinho foi quase a dormir o tempo todo até casa da avó. Quando o larguei tive um misto de tristeza com vazio e com uma espécie de "tem de ser, tem de ser, tem de ser". Nem olhei para trás, sabia que ia ficar bem entregue e que iria correr tudo bem. 

A chegada ao trabalho foi tranquila, fui muito bem recebida e parecia que tinha voltado à escola depois das férias grandes. Foi bom, sei que tenho de voltar a entrar na rotina e vou passar os dias a contar os minutos para voltar a apertar o meu bochechas. A sorte é que depois de amanhã já é Sexta-feira. 


Bia.

terça-feira, 1 de agosto de 2017

O fim da licença

Hoje acaba a minha licença de maternidade. Amanhã tenho de regressar ao trabalho e iniciar uma nova rotina. A verdade é que a minha vida mudou radicalmente há seis meses mas até agora era só eu e o bebé. Tudo girava à sua volta: fraldas, maminha, banho, sonecas, brincar, mimar e simplesmente observar. 

Estes seis meses passaram literalmente a voar, não dei pelo tempo passar e agora, quando dou por mim, já tenho de regressar ao trabalho. Tudo me passa pela cabeça: vou-me despedir, vou ser mãe a tempo inteiro, vou mudar de cidade, vou levá-lo para uma ilha deserta para sermos sempre só nós os dois (ou nós os três, neste caso, incluindo obviamente o meu homem). Mas depois volto ao lado racional e sei que tenho mesmo de passar por isto. Vai-me custar horrores, aliás, já me custa desde que ele nasceu porque andava a ver o tempo a passar demasiado rápido e imaginava que este dia ia chegar mais depressa do que eu gostaria. Enfim, estes meses foram maravilhosos, acho que aproveitei o meu bebé cada segundo, dei-lhe colinho sempre que precisava, apertei aquelas bochechas vezes sem fim e estou tranquila em relação a isso, o meu bebé teve o máximo de miminho que podia ter tido. 


Todos os dias foram maravilhosos? Claro que não. Houve dias de frustração, de incapacidade, de desespero e acreditem que as pessoas de fora nem sempre ajudam. Mas é nesta altura que nos tornamos mais fortes, mais guerreiras e fazemos de tudo para proteger o nosso bebé. Quando o Kikinho nasceu, mal sabia respirar, não conseguia mamar e adormecia assim que se encostava ao meu peito. Foram dias difíceis e senti que não ia ser capaz de amamentá-lo porque simplesmente ele não tinha força. Muitas vezes ouvi: "o teu leite vai secar num instante", "tens de lhe dar suplemento porque provavelmente o teu leite não é suficiente", "oh de certeza que daqui a um mês o suplemento vai transformar-se no leite diário e vais deixar de conseguir amamentar." Obrigadinha a todas (sim, a todas no feminino porque os homens não percebem nada disto) mas querem saber? Só dei suplemento nos primeiros dias e aos seis meses ainda amamento o meu Kiko. Temos de ser fortes, mesmo. Lutar com as forças que às vezes nos falham e nos empurram para baixo quando o que nós queremos é dar o melhor aos nossos filhos. Nesta questão da amamentação, só consegui superar estes receios e estas inseguranças porque na maternidade nunca me deixaram desistir e as enfermeiras estavam sempre presentes na hora de amamentação para me ajudar e porque tive uma consulta com uma conselheira de amamentação que me deixou super tranquila. Deu-me o número de telefone dela e qualquer coisa que precisasse podia ligar à hora que fosse. Nada disto tem preço, nada disto se pode agradecer com palavras, nada disto será esquecido do meu coração. 

Estes seis meses ensinaram-me a amar. A amar de verdade. A sentir um amor tão profundo que quase me rebenta o coração. Ensinaram-me a nunca desistir e a seguir o meu instinto. 
Sei que provavelmente não fiz tudo certo mas também sei que não há certos nem errados. O que funciona para um bebe pode não funcionar com outro. Todos somos diferentes e eu sinto que dei o meu melhor, o meu bebé é saudável, é amoroso e sei que é um bebé feliz. 
Agora vou só chorar o resto do dia, apertar o meu Kiko até à exaustão e rezar a todos os santinhos para me ajudem nesta nova fase. 

Para as novas mamãs, aproveitem bem estes momentos, são únicos e não voltam atrás. 





Bia.