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sexta-feira, 26 de maio de 2017

Vai nascer um ratinho

Bem, no meio deste stress todo, consultas, ecografias, nutrição, repouso, já estava no final do ano e eis que chega o Natal. Na última consulta de nutrição antes do Natal e do fim de ano, a Drª Luísa (Nutricionista) disse-me para comer tudo o quisesse, sem restrições e não esquecer a água todos os dias, era essencial para que o sangue corresse de forma mais fluída. Nessa altura, a maior preocupação era o peso do bebe que, aparentemente a dois meses de nascer, ainda só pesava 1kg. 

A ultima ecografia de 2016 foi feita pelo Dr. Bruno Carrilho (ah, como tinha saudades deste senhor!). Mostrou que estava tudo bem com o bebe e que continuava a crescer ao seu ritmo... lento, muito lento mas dentro da curva de evolução. Nessa altura o bebe estava a engordar cerca de 100 a 200 gramas por semana o que era de facto muito pouco. 
Nesta consulta o Dr. Bruno explicou-me que o bebe iria ser prematuro e não iria alem das 38 semanas. Caso não nascesse de forma natural teriam de provocar o parto (P-Â-N-I-C-O!!).  Ou seja, as 40 semanas seriam no final de Fevereiro (estava previsto para dia 28) e por isso sabia que provavelmente o bebe iria nascer a meio do mês. Já estava quase quase e ainda tinha um montão de coisas para preparar. 
Agora a minha maior preocupação era a ideia de imaginar um bebe que iria nascer prematuro. Assustava-me sem dúvida porque com o baixo peso que tinha podia levar a uma série de complicações. Mais uma vez fui procurar tudo o que havia para ler sobre o assunto e a informação que encontrava não era muito animadora: dificuldades de respiração que podia levar à necessidade de ventilação, dificuldade de sucção que comprometia a sua alimentação, baixos mecanismos de regulação da temperatura corporal, enfim... tudo coisas boas portanto. Face a isto sempre imaginei o meu bebe a nascer e a ser logo transportado para a incubadora, com mil médicos ao pé e todo um pânico a passar-se à minha frente mas felizmente nada disto aconteceu e irei contar-vos mais à frente tudo em pormenor. 

Tendo em conta este cenário comecei a procurar cursos de preparação para o parto. E porque é que é tão importante frequentar estes cursos? Eu sinceramente tinha uma ideia de como se cuidava de um bebe. Sabia mudar a fralda, dar banho, pegar ao colo, essas coisas básicas mas não fazia a mínima ideia de como me preparar para o grande momento. Falavam-me muito da respiração, do controlo da ansiedade mas sentia-me completamente perdida, sem nenhuma noção de como seria a minha vida no dia em que o bebe quisesse vir ao mundo. Quando devia ir para a maternidade? O que eram afinal as contrações? O que acontecia ao meu corpo depois do parto? Todo um mundo de questões que não sabia responder e isso causava-me ainda mais ansiedade. Não tinha outra opção se não procurar cursos rapidamente. Assim, em primeiro lugar liguei para a maternidade mas como já estava muito no fim do tempo não havia vagas disponíveis e então tive de procurar em clínicas privadas que algumas amigas me aconselharam. Liguei para todas as que me indicaram mas escolhi o Centro Pré e Pós Parto que para além de ter cursos intensivos (despachava a coisa em duas semanas), ofereciam uma série de workshops, ginástica pré-parto (que eu infelizmente não pude fazer), tinham uma linha de apoio 24 horas e uma equipa gigante de enfermeiros, psicólogos, médicos que podiam ajudar em qualquer duvida, questão, problema que surgisse. Digo-vos já que foi a melhor opção que podia ter tomado e irei contar-vos como correu mais à frente. 



Bia.

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